Uma dupla de adolescentes (17 anos cada) foi apreendida nesta terça-feira (23) em Rio Preto na posse de uma moto . De acordo com informações do boletim de ocorrência, eles tentaram carregar o veículo no bagageiro de um ônibus com destino à Bahia, mas, como não foram reconhecidos pelas vítimas, acabaram entregues a uma responsável após assinatura de Termo de Responsabilidade e Compromisso.
Policiais militares relataram na Central de Flagrantes que era por volta de 7h, quando desconfiaram após o carregamento no bagageiro de ônibus. O documento policial mostra inicialmente que a motocicleta CG 150 Titan ES cinza é fruto de furto, mas, logo em seguida refere-se a um roubo. De qualquer forma, ao consultar a placa, agentes verificaram que havia alerta no último dia 18 de abril. Os estudantes foram abordados após solicitarem corrida em um veículo de aplicativo.
Assim que a responsável, 39 anos, foi contatada, todos receberam encaminhamento à delegacia. No local, os suspeitos disseram que compraram a moto em sociedade, pelo valor de R$ 2,5 mil em um site na internet. Garantiram que não sabiam que havia algo ilegal, já que todos os sinais identificadores estavam intactos e o ‘vendedor’ apresentou até mesmo o certificado de registro e licenciamento.
A vítima procurou pelo veículo e relatou “que na data dos fatos transitava no caminho de Ipiguá, quando dois homens armados o abordaram por volta de 21h20, em uma Twister de cor escura [placa não anotada] e o mandaram descer da moto dele e entregá-la. Como demorou para obedecer, atiraram duas vezes, mas, por sorte, não acertaram nem ele e nem a esposa que o acompanhava. Fugiram em seguida e a mulher ligou para a polícia”.
O delegado de plantão entendeu que o caso requer maior e mais devida apuração e optou por não manter os jovens apreendidos. Conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), um menor de idade só pode permanecer apreendido caso seja comprovado que cometeu ato infracional com uso de violência e/ou grave ameaça, o que não ficou comprovado, já que as vítimas não conseguiram os reconhecer como sendo os assaltantes.
Após prestarem depoimentos, acompanhados da responsável, e da assinatura do termo de compromisso, os envolvidos acabaram liberados e o caso vai ser investigado pela Polícia Civil. A motocicleta foi restituída às vítimas.
